segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Indo para o Mundo.

Sempre que ela viaja um turbilhão de emoções   lhe acometem. Ela adora ir, toda a função de fazer malas, comprar passagens e imaginar o roteiro e tudo que ira encontrar do lado de lá.
Viajar é abrir-se ao novo, querer  conhecer culturas e as pessoas que dão vida a suas  histórias.
Nesta mais recente viagem foi tudo de última hora, uma viagem de trabalho e ela decidiu aos quarenta e cinco do segundo tempo, meio que para não dar tempo de muito planejamento, meio que querendo que a vida lhe surpreendesse. 
Meio que esperando que seus desejos se realizassem.
E lá se foi, rumo ao inusitado, foi aprender, conhecer de fato mais um pedaço do mundo, parte que ela sempre diz querer morar. 
Foi de sete a vinte e sete graus em menos de seis horas.
Encontrou um lugar incrível, com pessoas acolhedoras e muito agradáveis, diferente daqui a empatia lá acontece já na primeira vista. Não discerniu bem se o povo é preparado para o turismo, mas acredita que isso é de berço, gente de fala mansa, riso fácil e um orgulho gigante do lugar onde vive. 
Gente aguerrida, para contratar e enterrar definitivamente seus muito antigos preconceitos. Gente que luta muito para ganhar o pão. O mundo gira em outra velocidade neste lugar, até o trânsito é mais sutil.
Esse povo tem calma, tão diferente de onde ela vem.
O sotaque , talvez o que haja de mais encantador, lhe traz lembranças, lhe faz pensar. Ela que se apropria fácil, tomou cuidado pra não falar igualzinho. Como tinha gente de todo canto, provocou a mesma admiração que sentiu.
E a arquitetura?  notáveis construções!   Meu DEUS parecia estar entrando em um livro de história, que igrejas lindíssimas são estas? Revestidas de ouro e de história do Brasil.
Seus olhos puderam ver cores da paisagem e das casas, tudo muito festivo e alegre, uma mistura incrível de tons de azul,alegria de gente mansa e agradável, sombrinhas de frevo que devem ficar lindas descendo a ladeira.
Ficou deslumbrada e  sentiu o calor na pele que era espantado por uma brisa agradabilíssima que soprava incansavelmente vinda do mar. 
Ela desceu a ladeira  com sandálias de dedo e vestidinhos do mais alto verão. Sua pele muito branca ficou avermelhada daquele sol magnífico. Sim! O paraíso fica pras bandas de cá. 
Não fez tudo que queria, não foi aos lugares todos que desejava, estava  a trabalho, mas vai levar lembranças que lhe impulsionarão a voltar.
Poderia ter vivido mais, se tivesse a bendita coragem, mas ela acredita no politicamente correto, nos horários bem cumpridos, nas coisas que não devem ser destruídas, Enfim!
Ela é assim, complicada, para alguns, mas autêntica e sonhadora bem no fundo.
O leão do norte lhe trouxe conhecimento, contatos importantes para o trabalho, aprendizado sem fim, mas sobretudo uma sensação indescritível de amar ainda mais o nordeste  e tantos detalhes que lhe são peculiares.


domingo, 5 de agosto de 2018

Estrada Nova


Oswaldo Montenegro

Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

Este Mate que me faz ver melhor.

Aqui estou eu, em uma manhã de  domingo, daquelas raras, depois de uma turnê de agitação, em que é possível ouvir música e beber um chimarrão.
Quando sinto o sabor do mate com ele posso saber que foi momento de reflexão, conversa boa ou silêncio total. Eu adoro as três modalidades. Fazia uma semana que não sentia o sabor.
Os dias andam agitados e parecidos  com a temperatura. 
Ontem foi calor de colocar uma blusinha fina, hoje cachecol e botas. Eu sempre prefiro quando eles esquentam, seja de trabalho, de peleias, de festas e gente junta. Calor tem tudo haver comigo.
Na verdade quando fico aqui, quietinha, bem paradinha, sentindo apenas o doce deste amargo... percebo que eu tenho um comprometimento incrível com a minha missão. Eu acredito em missão e também acredito que a descobri bem antes dos 17 anos quando enveredei para os caminhos da educação. De lá pra cá eu dedico a minha alma ao que faço, eu luto  todo santo dia para aprender e ensinar o que torna as pessoas melhores. Não fosse assim eu já teria me rendido, poderia estar em uma sala com vinte crianças da pré escola, lugar sagrado que amo e dou conta de tornar encantador e estimulante. Já teria finalmente parado de brigar (literalmente e realmente) por querer transformar o mundo e assessorar em torno de mil crianças, cento e cinquenta profissionais, muitos programas, formações, mediações e conflitos. 
Sim, é a minha Missão!
Uma das certeza que me acompanham é que sempre dei o melhor de mim, o mais intenso, o mais a flor da pele do mundo foi dedicado a educação.
Não sei bem se estou cumprindo devidamente, não me falta estudo,reflexão, avaliação, vontade e luta mas sobretudo gratidão.  Eu sou imensamente grata pela oportunidade de conviver e aprender com as pessoas. 
Sei também, que este assunto vem a tona hoje porque estou abalada, chateada com algumas avaliações infundadas e de pessoas que observam apenas uma das facetas do diamante. É só a avaliação delas, que tem todo direito de pensar como querem, mas eu me aborreço, fico chateada, não acho digno as generalizações e sinceramente se um ou dois não fazem bem feito não é justo falar do programa inteiro. 
Resultado de imagem para frases de chimarrãoCom mais umas duas cuiadas de mate eu já me acalmo, já observo tudo de outa forma, já percebo que cada um vê o mundo de onde põe o pé.
Eu já devia ter aprendido, eu não tenho o direito de me deixar abalar assim.
Ah, amanhã bem cedo eu recomeço, chamo a turma e vamos todos pra frente que é pra frente que se anda. Enquanto eles falam, nós trabalhamos.

domingo, 29 de julho de 2018

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Dia de ser FELIZ!


E o que dizer das manhãs de segunda-feira?

Tem gente que já fica aborrecida no domingo a noite na hora do comercial do fantástico.
Ela não! 
Sempre gostou das segundas pois lhe representam um recomeço, um novo ciclo, muitas novas oportunidades.
As segundas trazem na sua essência a possibilidade de fazer mais e melhor.
Hoje ela amanheceu ensolarada, pedindo banho morno logo cedo. Vontade de ir pro mundo sorrindo, compartilhar e aprender.
Passou o dia pensando na mágica de acordar com este gosto, assim!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Ah! A escrita.

Resultado de imagem para a escritaEla precisa compreender porque este desejo de escrever quando lhe tocam a alma.
Seja saudade, seja lembrança, seja gratidão,seja aborrecimento, até por raiva ela escreve!
A escrita pra ela está ligada aos sentimentos e a inspiração aparece sempre que lhe afloram os sentimentos.
Como hoje... como agora!


domingo, 1 de julho de 2018

Bodas de Ouro


Meus padrinhos completaram cinquenta anos de casamento no dia 28.06

Eles tem nove filhos e uma linda história de vida juntos.
A comemoração foi emocionante. 
Ainda dá pra ver nos olhos deles um sentimento  imenso, é amor aquilo que se vê ali. 
Quantas lutas e conquistas devem ter passado juntos. 
Ele estava visivelmente mais emocionado do que ela, ele que sempre foi mais quieto, neste dia estava falante e não sabia quantas vezes agradecer por estarmos todos ali. Pode ter sido impressão minha, porque ela estava tãooo emocionada também. 
Ela sempre foi do mundo, professora, militante religiosa, participou de cursos, reuniões, eventos, e entre uma gravidez e outra seguia com seus projetos e com as lutas da vida.
 Ele caseiro, ficou sempre por casa colaborando com a criação dos filhos, fazendo suas obras de marcenaria e também cultivando a terra.
Eles tem doze anos de diferença de idade,não aparenta, parece que foram envelhecendo juntos. Ele foi muito perspicaz em conviver e segurar todas as ondas. Nem todo mundo consegue.
Hoje  analiso e penso assim, deve ter segurado na coragem  e talvez não sem dor.
Eramos vizinhos e eu podia inclusive fugir pra lá, sem que minha mãe achasse ruim. Tem uma das meninas deles que nasceu um mês depois de mim e outras duas um ano anterior e outra posterior.
Brincávamos juntas, tomávamos banho de rio, balançávamos na cadeira de balanço feita por ele.
As frutas eram muito mais doces quando colhidas naquele pomar.
Eu tive sorte de poder conviver e povoar minha infância de experiências alegres.
Na casa deles tem muitas de minhas memórias afetivas da infância, eu cresci por lá, brincando, correndo, dando aulas para animais de pelúcia.
Que inteligentes os meus padrinhos, souberam cultivar o amor e espalhar a alegria no mundo.
Conseguiram levar a vida para o lado bom, agregar, compartilhar  emoção , viver juntos. 
Ele dançou  a valsa  deslizando no salão.
Nossa, que baita dia, que baita história, que amor lindo!