terça-feira, 1 de maio de 2018

Um hino que faz chorar

A muito tempo... (Isso dependeria das análises que se faz dos períodos e poderia atrapalhar o entendimento)
Melhor inciar assim:
A mais ou menos uma década e meia Ela teve o prazer de fazer parte de um projeto lindo que na época não tinha uma mínima dimensão da grandiosidade. Foi integrante e coordenou os trabalhos da implantação de um hino que seria o hino da  cidade. Foram meses de trabalho, reuniões, análises, para que ele fosse o quanto mais fidedigno possível a expressão de viver por aqui. 
Nas suas estrofes se descreve uma representação muito aproximada das belezas naturais, de toda cultura que se expressa naquele território e principalmente o desejo de que se  cumprisse o papel de  fazer com que as pessoas se sentissem representadas por aqueles acordes. 
O ritmo é alegre e segundo alguns críticos, parece dançante, próprio do gosto da maioria das pessoas que fizeram parte daquela comissão. Ficou um "baita" hino, que depois de apresentado  as associações, as escolas e as pessoas da comunidade, sendo símbolo oficial festivo, foi rapidamente assimilado e cumpriu o objetivo de ser cantado por quase todos. Com alegria, muita alegria, Ela lembra desta parte, ter colaborado nesta ideia, dado forma e auxiliado em sua veiculação foi um  dos marcos destes tempos em que fazia gestão em outras terras, na terra que lhe imprimiu valores, princípios, vivências, amizades, amores.
Muito tempo depois, voltou lá para uma cerimônia, que aliás é ali bem pertinho porém está demarcado o território como outro município. Um evento bacana que envolve a terceira idade que participa com seu atual município e que lhe encaminharam convite. Chegou um pouco atrasada, coisa rara mas que anda acontecendo vez ou outra. E quando colocou o pé no salão foi chamada para a mesa de honra. Do local onde se posicionou ficou de frente para um grupo de atletas que seguravam uma bandeira, a bandeira da sua terra. Ela sentiu um tremor não peculiar, estava ali, onde muitas vezes já estivera desempenhando outro papel e meio que um filme lhe passou diante dos olhos através das cores azul e vermelho seguradas por mãos carregadas também de histórias. Foi citada no protocolo  como conterrânea, achou bacana e sorriu.
Mas quando todos se colocaram em posição para cantar o hino, ela não conteve as lágrimas. Sabia cantá-lo, não havia esquecido nenhuma palavra, conhecia o motivo de cada uma ter sido escolhida e inserida em cada estrofe. Ela cantou enquanto as lágrimas rolaram efusivamente. Não tentou disfarçar, permitiu que as emoções aflorassem diante de todos. 
Era de emoção que chorava!
É assim que acredita que vai se deixando marcas positivas na história.

Muitos anos depois percebeu que verdadeiramente haviam atingido objetivo, este hino é cantado pelas pessoas e elas demonstram que  sentem orgulho das suas raízes. 




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