domingo, 9 de dezembro de 2018

Dos Sábados exóticos

Existem sábados e sábados.
Este domingo foi precedido de um daqueles.
Parece que já começou diferente no café da manhã.
Foi dia de cabeça leve sem ligações e respostas urgentes a serem dadas. 
Ela fez faxina, limpou loucamente um prazer que nem sente e neste dia lhe acometeu.
Olhou a paisagem, cada um dos detalhes , o contraste do céu azul com a copa das árvores quando estava deitada na rede.
Fez as unhas, pois estava com paciência para o salão.(coisa rara)  escolheu o de sempre, vermelho sangue.
E voltou, deitar na rede.
Adormeceu e sonhou, lembra do sonho de cada detalhe.
Poxa!
Isto também é raro, raríssimo, raridade.

Logo as férias chegam e os dias poderão ter gosto de sábado.Sempre!

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domingo, 21 de outubro de 2018

Nos finais de outubro

O ano se encaminha para o fim, a sensação que ela tem é de cansaço, um pouco de medo pelo que ainda precisa dar conta antes que o bom velhinho chegue e alegria porque tudo que foi realizado  lhe trouxe realização e aprendizado.
Tem mania de colocar capricho em tudo que faz, muitas coisas não ficam perfeitas mas é sempre o melhor que ela pode fazer.
Se tem uma máxima que é certeza, o foco está no que pode fazer e no que pode fazer bem feito com as condições que tem. Necessitou de muitos ajustes e tantas melhorias que foram se agarrando em suas práticas pelo caminho.
E  este outubro o mais atípico de todos, provocou uma guerra na sua trincheira, lugar onde não se guerreava nunca por estes motivos.
Ela é forte, mas está cansada. O último embate é e sempre foi o que mais lhe suga energia.
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domingo, 30 de setembro de 2018

Inquietações

O dia inteiro  com algumas coisas presas na garganta.
Não sei bem se são de um dia ou de uma década!
As vezes os dias  são assim...inviabilidade de comunicação e a gente precisa falar, interagir... Encontrar  alguém que queira escutar e realmente entender o que a gente sente e não sabe. Tarefa nada simples querer ser entendido quando nem mesmo nós  entendemos algumas sensações. 
São tantas ideias divergentes, tantos ideais e princípios, todos fazendo um cabo de guerra aqui dentro. 
Sorte que existem a  palavra escrita, sorte que sempre tem um refúgio, sorte que eu posso correr pra cá.
Vou sorver goles de vinho que afoguem estas ideias que  acordaram ouriçadas nesta manhãs de domingo  e recorreram o dia todo 

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

Seja Feliz

Eu lhe desejo a sensação de manhã de sábado em dia de sol brilhante e vento  fresco. Se é de chuva que você gosta... então é uma chuva mansa e sem trovões que lhe ofereço. Desejo eclipses e tempo para desfrutá-los. Também o gosto do dever cumprido depois de meses de luta. Que os projetos se concretizem, sejam contemplados e tomem forma.  Desejo abraço de mãe e delicadeza de festa preparada com amor. Carinho dos filhos, aconchego e sorriso de alegria por estarem perto. Desejo viagem emocionante  e alegria de pousar em casa no ninho em terras que lhe viram nascer. Desejo projeto concluído com êxito e congratulações. Desejo banho morno e demorado. Desejo jogo do timão perto dos seus. Visita nos parentes e simplicidade das coisas da gente. Desejo sonhos, planos, energia boa, conquistas de metas. Desejo sorrisos e gratidão,que saiba  valorizar e aproveitar cada pequena alegria da vida, pois na verdade  são nestes momentos todos que consiste a tal FELICIDADE!

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quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Tem dias...

Algumas frustrações são necessárias, ela aprendeu lidar com isso muito cedo. Tem inteligência emocional para compreender o que e quando pode...
Bem verdade que anda meio cheia de ideias,uns  pensamentos teimosos e recorrentes que lhe acometem muito mais do que cinco vezes ao dia e olhe que não é falta do que fazer.
Tem peleado loucamente e a lida não " frouxa", cada vez tem mais assuntos na pauta e outros tantos aguardando um ok.
Enquanto isto no the Voice... 
Um sertanejão daqueles depois de duas taças de vinho.
...de um jeito que só você sabeeee de um jeito que só eu seiiiiiiiiiii....

Tem dias que não são propícios aos eclipses.
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segunda-feira, 20 de agosto de 2018

Indo para o Mundo.

Sempre que ela viaja um turbilhão de emoções   lhe acometem. Ela adora ir, toda a função de fazer malas, comprar passagens e imaginar o roteiro e tudo que ira encontrar do lado de lá.
Viajar é abrir-se ao novo, querer  conhecer culturas e as pessoas que dão vida a suas  histórias.
Nesta mais recente viagem foi tudo de última hora, uma viagem de trabalho e ela decidiu aos quarenta e cinco do segundo tempo, meio que para não dar tempo de muito planejamento, meio que querendo que a vida lhe surpreendesse. 
Meio que esperando que seus desejos se realizassem.
E lá se foi, rumo ao inusitado, foi aprender, conhecer de fato mais um pedaço do mundo, parte que ela sempre diz querer morar. 
Foi de sete a vinte e sete graus em menos de seis horas.
Encontrou um lugar incrível, com pessoas acolhedoras e muito agradáveis, diferente daqui a empatia lá acontece já na primeira vista. Não discerniu bem se o povo é preparado para o turismo, mas acredita que isso é de berço, gente de fala mansa, riso fácil e um orgulho gigante do lugar onde vive. 
Gente aguerrida, para contratar e enterrar definitivamente seus muito antigos preconceitos. Gente que luta muito para ganhar o pão. O mundo gira em outra velocidade neste lugar, até o trânsito é mais sutil.
Esse povo tem calma, tão diferente de onde ela vem.
O sotaque , talvez o que haja de mais encantador, lhe traz lembranças, lhe faz pensar. Ela que se apropria fácil, tomou cuidado pra não falar igualzinho. Como tinha gente de todo canto, provocou a mesma admiração que sentiu.
E a arquitetura?  notáveis construções!   Meu DEUS parecia estar entrando em um livro de história, que igrejas lindíssimas são estas? Revestidas de ouro e de história do Brasil.
Seus olhos puderam ver cores da paisagem e das casas, tudo muito festivo e alegre, uma mistura incrível de tons de azul,alegria de gente mansa e agradável, sombrinhas de frevo que devem ficar lindas descendo a ladeira.
Ficou deslumbrada e  sentiu o calor na pele que era espantado por uma brisa agradabilíssima que soprava incansavelmente vinda do mar. 
Ela desceu a ladeira  com sandálias de dedo e vestidinhos do mais alto verão. Sua pele muito branca ficou avermelhada daquele sol magnífico. Sim! O paraíso fica pras bandas de cá. 
Não fez tudo que queria, não foi aos lugares todos que desejava, estava  a trabalho, mas vai levar lembranças que lhe impulsionarão a voltar.
Poderia ter vivido mais, se tivesse a bendita coragem, mas ela acredita no politicamente correto, nos horários bem cumpridos, nas coisas que não devem ser destruídas, Enfim!
Ela é assim, complicada, para alguns, mas autêntica e sonhadora bem no fundo.
O leão do norte lhe trouxe conhecimento, contatos importantes para o trabalho, aprendizado sem fim, mas sobretudo uma sensação indescritível de amar ainda mais o nordeste  e tantos detalhes que lhe são peculiares.


domingo, 5 de agosto de 2018

Estrada Nova


Oswaldo Montenegro

Eu conheço o medo de ir embora
Não saber o que fazer com a mão
Gritar pro mundo e saber
Que o mundo não presta atenção
Eu conheço o medo de ir embora
Embora não pareça, a dor vai passar
Lembra se puder
Se não der, esqueça
De algum jeito vai passar
O sol já nasceu na estrada nova
E mesmo que eu impeça, ele vai brilhar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar
Eu conheço o medo de ir embora
O futuro agarra a sua mão
Será que é o trem que passou
Ou passou quem fica na estação?
Eu conheço o medo de ir embora
E nada que interessa se pode guardar
Lembra se puder
Se não der esqueça
De algum jeito vai passar

Este Mate que me faz ver melhor.

Aqui estou eu, em uma manhã de  domingo, daquelas raras, depois de uma turnê de agitação, em que é possível ouvir música e beber um chimarrão.
Quando sinto o sabor do mate com ele posso saber que foi momento de reflexão, conversa boa ou silêncio total. Eu adoro as três modalidades. Fazia uma semana que não sentia o sabor.
Os dias andam agitados e parecidos  com a temperatura. 
Ontem foi calor de colocar uma blusinha fina, hoje cachecol e botas. Eu sempre prefiro quando eles esquentam, seja de trabalho, de peleias, de festas e gente junta. Calor tem tudo haver comigo.
Na verdade quando fico aqui, quietinha, bem paradinha, sentindo apenas o doce deste amargo... percebo que eu tenho um comprometimento incrível com a minha missão. Eu acredito em missão e também acredito que a descobri bem antes dos 17 anos quando enveredei para os caminhos da educação. De lá pra cá eu dedico a minha alma ao que faço, eu luto  todo santo dia para aprender e ensinar o que torna as pessoas melhores. Não fosse assim eu já teria me rendido, poderia estar em uma sala com vinte crianças da pré escola, lugar sagrado que amo e dou conta de tornar encantador e estimulante. Já teria finalmente parado de brigar (literalmente e realmente) por querer transformar o mundo e assessorar em torno de mil crianças, cento e cinquenta profissionais, muitos programas, formações, mediações e conflitos. 
Sim, é a minha Missão!
Uma das certeza que me acompanham é que sempre dei o melhor de mim, o mais intenso, o mais a flor da pele do mundo foi dedicado a educação.
Não sei bem se estou cumprindo devidamente, não me falta estudo,reflexão, avaliação, vontade e luta mas sobretudo gratidão.  Eu sou imensamente grata pela oportunidade de conviver e aprender com as pessoas. 
Sei também, que este assunto vem a tona hoje porque estou abalada, chateada com algumas avaliações infundadas e de pessoas que observam apenas uma das facetas do diamante. É só a avaliação delas, que tem todo direito de pensar como querem, mas eu me aborreço, fico chateada, não acho digno as generalizações e sinceramente se um ou dois não fazem bem feito não é justo falar do programa inteiro. 
Resultado de imagem para frases de chimarrãoCom mais umas duas cuiadas de mate eu já me acalmo, já observo tudo de outa forma, já percebo que cada um vê o mundo de onde põe o pé.
Eu já devia ter aprendido, eu não tenho o direito de me deixar abalar assim.
Ah, amanhã bem cedo eu recomeço, chamo a turma e vamos todos pra frente que é pra frente que se anda. Enquanto eles falam, nós trabalhamos.

segunda-feira, 16 de julho de 2018

Dia de ser FELIZ!


E o que dizer das manhãs de segunda-feira?

Tem gente que já fica aborrecida no domingo a noite na hora do comercial do fantástico.
Ela não! 
Sempre gostou das segundas pois lhe representam um recomeço, um novo ciclo, muitas novas oportunidades.
As segundas trazem na sua essência a possibilidade de fazer mais e melhor.
Hoje ela amanheceu ensolarada, pedindo banho morno logo cedo. Vontade de ir pro mundo sorrindo, compartilhar e aprender.
Passou o dia pensando na mágica de acordar com este gosto, assim!

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Ah! A escrita.

Resultado de imagem para a escritaEla precisa compreender porque este desejo de escrever quando lhe tocam a alma.
Seja saudade, seja lembrança, seja gratidão,seja aborrecimento, até por raiva ela escreve!
A escrita pra ela está ligada aos sentimentos e a inspiração aparece sempre que lhe afloram os sentimentos.
Como hoje... como agora!


domingo, 1 de julho de 2018

Bodas de Ouro


Meus padrinhos completaram cinquenta anos de casamento no dia 28.06

Eles tem nove filhos e uma linda história de vida juntos.
A comemoração foi emocionante. 
Ainda dá pra ver nos olhos deles um sentimento  imenso, é amor aquilo que se vê ali. 
Quantas lutas e conquistas devem ter passado juntos. 
Ele estava visivelmente mais emocionado do que ela, ele que sempre foi mais quieto, neste dia estava falante e não sabia quantas vezes agradecer por estarmos todos ali. Pode ter sido impressão minha, porque ela estava tãooo emocionada também. 
Ela sempre foi do mundo, professora, militante religiosa, participou de cursos, reuniões, eventos, e entre uma gravidez e outra seguia com seus projetos e com as lutas da vida.
 Ele caseiro, ficou sempre por casa colaborando com a criação dos filhos, fazendo suas obras de marcenaria e também cultivando a terra.
Eles tem doze anos de diferença de idade,não aparenta, parece que foram envelhecendo juntos. Ele foi muito perspicaz em conviver e segurar todas as ondas. Nem todo mundo consegue.
Hoje  analiso e penso assim, deve ter segurado na coragem  e talvez não sem dor.
Eramos vizinhos e eu podia inclusive fugir pra lá, sem que minha mãe achasse ruim. Tem uma das meninas deles que nasceu um mês depois de mim e outras duas um ano anterior e outra posterior.
Brincávamos juntas, tomávamos banho de rio, balançávamos na cadeira de balanço feita por ele.
As frutas eram muito mais doces quando colhidas naquele pomar.
Eu tive sorte de poder conviver e povoar minha infância de experiências alegres.
Na casa deles tem muitas de minhas memórias afetivas da infância, eu cresci por lá, brincando, correndo, dando aulas para animais de pelúcia.
Que inteligentes os meus padrinhos, souberam cultivar o amor e espalhar a alegria no mundo.
Conseguiram levar a vida para o lado bom, agregar, compartilhar  emoção , viver juntos. 
Ele dançou  a valsa  deslizando no salão.
Nossa, que baita dia, que baita história, que amor lindo!

domingo, 24 de junho de 2018

Sobre ocupar espaço.

Por sorte meu coração sempre se encheu de coisas boas.
E quando elas não foram das melhores, sempre houve um filtro que sabia exatamente o que merecia ser guardado.
Nunca foi  acumulado rancor e não há ninguém embaixo do sol que não recebeu  perdão.
Sempre soube que coração não é lugar pra guardar mágoa, rancor ou afins.
Coração é órgão que pulsa, que bombeia o sangue  e do que ele está cheio se espalha pelo corpo e pela mente inteirinha. E como os nutrientes que se espalham em cada uma das células, se bombear amor, amor terá sempre circulando.
Eu gosto tanto de ocupar lugar no coração das pessoas.
É, realmente é disto que mais gosto.
Nada consegue ser maior ou mais importante!
Tudo o que já foi dito ou vivido não chega aos pés desta afirmação.
Resultado de imagem para ocupar espaço no coração das pessoasOCUPAR LUGAR NO CORAÇÃO, ainda que não se saiba porque e realmente existem ocupações que a própria razão desconhece, não há nada maior ou mais arrepiante do que ter cadeira cativa no coração de gente de luz!



domingo, 17 de junho de 2018

Clarice Lispector.

E não me esquecer, ao começar o trabalho, de me preparar para errar.
Não esquecer que o erro muitas vezes se tinha tornado o meu caminho. 
Todas as vezes em que não dava certo o que eu pensava ou sentia – é que se fazia, enfim, uma brecha, e, se antes eu tivesse tido coragem, já teria entrado por ela. 
Mas eu sempre tivera medo de delírio e erro. 
Meu erro, no entanto, devia ser o caminho de uma verdade: pois só quando erro é que saio do que conheço e do que entendo. 
Se a verdade fosse aquilo que posso entender – terminaria sendo apenas uma verdade pequena, do meu tamanho. 
(Clarice Lispector. A paixão segundo G.H. 1990)

(Alexandre Lowen)

Rir é arriscar parecer tolo. 
Chorar é arriscar parecer sentimental.
Tentar alcançar é arriscar envolvimento.
Expor sentimentos é arriscar rejeição. 
Expor seus sonhos perante a multidão
é arriscar parecer ridículo. 
Amar é arriscar não ser amado de volta. 
Seguir diante face às probabilidades irresistíveis,
é arriscar ao fracasso...
Apenas uma pessoa que corre riscos é LIVRE...
 (Alexandre Lowen)

As minúcias do inverno Dela!

Imagem relacionadaTodas as manhãs  e isso inclui as que ela está um pouco atrasada para o trabalho, a primeira missão do dia é arrumar a cama. O que é diferente  é arrumar a cama em junho no sul do mundo. É tarefa de empenho. São mantas, coberta de lã  e mais dois cobertores. Porque o inverno geralmente é brusco  e neste ano ele veio pra sacanear, se atravessou e como sempre iniciou no outono. Na próxima semana e um dia antes do segundo jogo do Brasil na copa ele vai de fato ter início no calendário,deveria durar três meses,mas aqui chega primeiro e não tem pressa de partir, se espalha e em meados de outubro dá espaço para  a primavera. Hoje por exemplo não é dia de chuva mas o sol não olhou pra fora um instante apenas. Nublado está o dia, bem cinza,  faz a gente procurar chimarrão, chás, café e comida quente para aquecer. Se come e se bebe muito pra buscar energia e calor.
Neste tempos ela tomou gosto pelo fogão a lenha, o fogo é feito bem cedo e fica acesso o que dá o dia. Fogão de lenha tem seu valor, seu sabor e além de esquentar a casa todinha, faz o cozimento dos alimentos em outro ritmo, ritmo de casa de vó e até ela que não nasceu prendada, arrisca um arroz e uns legumes com molho branco. A gastronomia deste período do ano é espetacular, tem entrevero de pinhão,paçoca,polenta, feijoadas, sopas e cremes deliciosos, carnes assadas e de panela,  as mesmas do verão, mas com um sabor peculiar. As bochechas ficam vermelhas e os olhos brilham vendo a chaleira chiar. Poderia ter sido uma lareira, mas presume que não seria tão bom ficar as voltas. 
Já deu geada este ano e nestes dias se rende um pouquinho e fica encantada observando a paisagem que se pinta de branco, com camadas de várias espessuras. O sol brilha muito cedo nos dias de geada ele vem para derreter o gelo, o céu necessariamente é azul de cartão postal. 
Não se vê ou ouve um pássaro em dias gelados, eles ficam nos ninhos e não emprestam suas cores ao pasto. A grama cresce menos e necessita de pouca poda, os mosquitos se escondem e de flores em seu jardim, apenas o  amor perfeito resiste, é que esta é flor do frio.Também não tem muitas janelas abertas e é bem difícil de secar a roupa na rua. Fica na torcida para não ter chuva, pois inverno chuvoso, realmente ninguém merece.
Ainda era maio e ele chegou tão repentino e brusco que as roupas de meia estação nem foram utilizadas, nada de uma camisa leve ou um sueter fino, a coisa já foi  de se agarrar em muitos casacos, xales e botas. Todos precisam lhe acompanhar aonde quer que vá, é friorenta, super! Não dispensa nunca um xale colorido para dar vida aos looks geralmente escuros, tem frio no pescoço e gosta de mantê-lo aquecido.
Os vinhos ficam mais saborosos no inverno, ela os saboreia em todos os meses do ano, mas nas noites de inverno eles aquecem o coração e a alma, cumprindo seu grandioso  papel. 
Confessa que quando o inverno está se manifestando com força, prefere os sábados domingos e feriados, tem uma certa preguiça de passar frio no terceiro round. Mas vai! Encasacasse em dobro, invoca forças e segue na luta.
E no sul que foi feita pra nascer nesta vida, um dia talvez se acostume e com certeza  afirma que ainda que não esteja acima da linha do equador, dentro DELA vive um inesgotável verão.
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domingo, 3 de junho de 2018

O tempo

Ela podia escrever sobre muitos temas, tem lhe acontecido um turbilhão de coisas nestes últimos tempos.
Mas hoje prefere o silêncio, prefere ficar aqui só analisando o que pode aprender com tudo isso.
Não digeriu bem, pode não ter entendido direito, mas também pode estar recebendo uma grande lição.
E o tempo, aquele mesmo que adora quando lhe dedicam, vai certamente se encarregar de lhe explicar tudinho.

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sexta-feira, 1 de junho de 2018

Palavras

Ah, as palavras... elas tem mel e ferrão!
Não sei bem mas acho que   alguém já disse isto.

quarta-feira, 16 de maio de 2018

A comunicação lhe fascina

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Se não tivesse escolhido a profissão que tem, queria ser comunicadora. Ainda que toda professora tenha um muito de comunicadora, evidente que se tivesse graduado na área teria aprendido como se expressar de forma mais eficiente e assertiva, sem tantos trejeitos e arregalar de olhos que as câmeras lhe provocam. 
Adora expressar-se oralmente e se delicia  com o olho no olho e com a afirmação de um ou outro da plateia que sempre lhe reafirma o foco na lógica a discorrer. Sabe que precisa tomar cuidado com as palavras, sua entonação firme, as vezes dificulta os processos democráticos, pois quando acredita, fala com força e parece verdade absoluta, quando na verdade não quer ser reconhecida assim. Não é assim!
No outono e início de inverno tem a voz rouca, proveniente do clima, da falta de beber água e da rinite que atrapalha tudo por aqui.
Mas mesmo sem a didática ou sem a  voz ideal tem conseguido algumas conquistas com o fenômeno da comunicação, a incrível aventura de se fazer entender.
Isso lhe proporciona uma alegria imensa e  despretensiosa.
Adora um microfone e muita gente junta. Prefere falar do que domina um pouco, mas nos últimos tempo tem se expressado no improvido, tem alguns colegas que já tomaram por costume mandar a imprensa para sua sala. 
Hoje foi um daqueles dias em que acordou cedinho, tinha uma grandiosa missão a ser concluída antes das nove, sem vaidade alguma não fez escolha e saltou dentro do primeiro jeans que apareceu, sem muitos adornos e sem lavar o cabelo, se foi, firme em direção ao referido cadastro! Deu tudo muito certo, depois de exatos seis meses de peleias. 
Alguns atendimentos, uma ligação e outra e  a pauta recebendo uma série de oks. Sem almoço, sem fome, como sempre que tem muito trabalho e também  porque precisava sair mais cedo para o terceiro round que já estava marcado. Quando... tcham tcham tcham...tcham... chega  nada menos do que a repórter da TV regional e ela é chamada para falar. 

Enfim, um batom na boca e vamos lá. O que precisava ser falado foi dito e se não cortarem as partes principais ficará uma boa matéria. 

P.s Promete não ir nunca mais para o trabalho sem estar linda e com os cabelos ¨esvoaçantes¨. Mas só promete hoje, sabe que nem vai cumprir.

domingo, 13 de maio de 2018

Emoções!

Emoções intensas a deixam balançada.
E Ela gosta da grande maioria. 
Não é com o outro sua preocupação é com Ela mesma e suas atitudes.
Ainda mais quando não pode explicar tudo que se sucede.
A palavra é diferente da escrita.
Pois bem, prometeu ser Ela mesma sempre!
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quarta-feira, 9 de maio de 2018

Dias de LUTA!


Cheguei a pouco, a bem pouco!
Dormi tarde e acordei antes do despertador.
Semana de muita peleia, recebi mensagem agora que a única noite livre da semana foi preenchida com uma reunião daquele baita evento que andamos planejando nestas terras.
Hoje trabalhei  e estudei intensamente. Na minha cabeça se misturam conteúdos da BNCC, avaliações, ações, emoções e como diria minha avó, algumas pulgas novas que estão atrás da orelha. 
Tá, não sou disto, nem nunca tive tempo para tal e sempre achei meio bobo  gente que cria pulgas.
Hoje o berço me chama e uma certeza forte vai dormir comigo, eu gosto de gente , adoro compartilhar saberes e aprender com as pessoas. 
Vou pensar só nisto!

P.s Repara no que não digo.

terça-feira, 1 de maio de 2018

Um hino que faz chorar

A muito tempo... (Isso dependeria das análises que se faz dos períodos e poderia atrapalhar o entendimento)
Melhor inciar assim:
A mais ou menos uma década e meia Ela teve o prazer de fazer parte de um projeto lindo que na época não tinha uma mínima dimensão da grandiosidade. Foi integrante e coordenou os trabalhos da implantação de um hino que seria o hino da  cidade. Foram meses de trabalho, reuniões, análises, para que ele fosse o quanto mais fidedigno possível a expressão de viver por aqui. 
Nas suas estrofes se descreve uma representação muito aproximada das belezas naturais, de toda cultura que se expressa naquele território e principalmente o desejo de que se  cumprisse o papel de  fazer com que as pessoas se sentissem representadas por aqueles acordes. 
O ritmo é alegre e segundo alguns críticos, parece dançante, próprio do gosto da maioria das pessoas que fizeram parte daquela comissão. Ficou um "baita" hino, que depois de apresentado  as associações, as escolas e as pessoas da comunidade, sendo símbolo oficial festivo, foi rapidamente assimilado e cumpriu o objetivo de ser cantado por quase todos. Com alegria, muita alegria, Ela lembra desta parte, ter colaborado nesta ideia, dado forma e auxiliado em sua veiculação foi um  dos marcos destes tempos em que fazia gestão em outras terras, na terra que lhe imprimiu valores, princípios, vivências, amizades, amores.
Muito tempo depois, voltou lá para uma cerimônia, que aliás é ali bem pertinho porém está demarcado o território como outro município. Um evento bacana que envolve a terceira idade que participa com seu atual município e que lhe encaminharam convite. Chegou um pouco atrasada, coisa rara mas que anda acontecendo vez ou outra. E quando colocou o pé no salão foi chamada para a mesa de honra. Do local onde se posicionou ficou de frente para um grupo de atletas que seguravam uma bandeira, a bandeira da sua terra. Ela sentiu um tremor não peculiar, estava ali, onde muitas vezes já estivera desempenhando outro papel e meio que um filme lhe passou diante dos olhos através das cores azul e vermelho seguradas por mãos carregadas também de histórias. Foi citada no protocolo  como conterrânea, achou bacana e sorriu.
Mas quando todos se colocaram em posição para cantar o hino, ela não conteve as lágrimas. Sabia cantá-lo, não havia esquecido nenhuma palavra, conhecia o motivo de cada uma ter sido escolhida e inserida em cada estrofe. Ela cantou enquanto as lágrimas rolaram efusivamente. Não tentou disfarçar, permitiu que as emoções aflorassem diante de todos. 
Era de emoção que chorava!
É assim que acredita que vai se deixando marcas positivas na história.

Muitos anos depois percebeu que verdadeiramente haviam atingido objetivo, este hino é cantado pelas pessoas e elas demonstram que  sentem orgulho das suas raízes. 




sábado, 28 de abril de 2018

Eitaaaaaaaaa

Tem dois temas a serem escritos. Talvez uma dezena deles, mas dois estão pensadinhos aqui.
Um conto inclusive, para participar de um edital de Contos e Causos...
Mas hoje, tudo que a rinite me permite e espirrar, espirrar , espirrar  e procurar uma cama. 
Talvez ela venha pelos meados do outono, ou por um dia e tanto cheio de cheiros e sabores e ainda quem sabe, para evitar que tudo seja escrito.

Vai saber.
Vou lá.

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domingo, 22 de abril de 2018

Transparências

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Vez em quando  ela ouve a seguinte frase:
- Estava em ¨tal lugar¨ e lembrei de você!
E isso  lhe toca, como tudo que acalenta o coração. Trata-se sempre de alguém que teve tempo de conviver e observar a forma  como digere o mundo.
Hoje aconteceu novamente, uma amiga querida que está fora do Brasil lhe encaminhou uma lindíssima foto de igreja. Ela faz coleção, tem quase quinhentas fotos, iniciou registrando as que visitava e via no caminho e com o tempo amigos e conhecidos passaram a lhe presentear com lindas imagens. 
Assim acontece com as músicas tradicionalistas, as noites de cantoria,  com o mate bem cevado,as fotos do por do sol, com uma taça de vinho seco, e por aí vai...quem observa sabe bem o que lhe arrepia. 
E somente sabe porque Ela é  dona de uma personalidade  transparente, diferente de muita gente, faz questão de ser reconhecida pela sua forma de ser. 
Expressar sentimentos e artigo de luxo, e requer acima de qualquer coisa, coragem! Ser e demonstra quem se é requer muita coragem nos dias em que o mundo anda atravessando.
E  termina o dia aproveitando a sensibilidade de Ana Jácomo:

"Eu até já tentei ser diferente, por medo de doer, mas não tem jeito: só consigo ser igual à mim." 

terça-feira, 17 de abril de 2018

Recarregando as baterias

São adoráveis os dias  que terminam e sobra a  bateria no celular.
Sinal de reuniões, estudos, indisposições e muita interações com o mundo real.
Sinal de BUSCAS!
Diz aí Guimarães Rosa:



domingo, 15 de abril de 2018

Das prendas que foram distribuídas...

Nasceu em família de pessoas prendadas, as mulheres em especial, sabem cozinhar, pintar, bordar, tocar instrumentos musicais. Lamenta que os dotes não tenham sido devidamente distribuídos. Na fila, deve ter ficado impaciente quando distribuíam a delicadeza. Não gosta dos manuais , cozinhar não lhe apetece. Bordados, crochês, pinturas, se não foi possível aprender com destreza, serviram para alimentar seu lado estético e se transformou em uma mulher sensível que sabe apreciar o belo, se deixa inebriar por ele. Uma vez... em outras terras lhe perguntaram se era musicista, queria tanto ser, para ter dito que era.
 Admira boa música, mas diferente da mãe, não aprendeu a tocar piano, toca na flauta a asa branca o parabéns pra você e só. Tem dons, evidente, jamais reclamaria deles,é agradecida grandemente por tudo que lhe veio de berço, mas.. não são artesanais, estudou pra aprimorar alguns, também é verdade. Talvez... nenhuma delas se expresse  oralmente com tanta tranquilidade, não que necessariamente seja de forma eficaz, mas lhe realiza MUITO. Adora um microfone, adora público, adora falar de educação, construir processos de formação  de pessoas. As vezes chega  a pensar que parte de um dom ou de uma missão. Hoje foi dia de confraternizar e agradecer pelas mãos habilidosas das manas para fazer delícias. Foram dotes herdados da matriarca e aprimorados. Mas a benção ainda maior é estarmos todos em volta da mesa, juntos saboreando as delícias, acompanhadas de conversa e café quente em dias que o frio começa a se apresentar.

#momentosquedeixarãosaudades

P.s O frio, que está chegando não é bem vindo!

quarta-feira, 11 de abril de 2018

Seu Ruthart

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Ele adentrou minha sala no dia do seu aniversário. Me chamando pelo nome sem saber quem eu era, haviam indicado que me procurasse. Mas eu o reconheci no primeiro olhar...Não sabia ele que em outras décadas fez muitas fotos dos casamentos que levei as alianças. Ele  foi fotógrafo quando  quase ninguém tinha uma câmera e o celular ainda não havia sido inventado. Fotografia era artigo de luxo. Fazia daquelas fotos das pessoas que vem no studio e principalmente de família em festas de casamento, colocava em uma pasta para entregar aos clientes. As fotos eram esperadas meses até e quando chegavam tinha evento para apresentar aos amigos. Fiquei emocionada ao revê-lo e senti aquela alegria que sinto diante de quem tem sensibilidade e gosta do que faz.  Nossa, hoje eu senti cheiro de infância naquele olhar. Ele chegou assustado e revelou na primeira frase  que estava nervoso. Veio para me contar de um acidente, havia se envolvido por falta de atenção, foi logo assumindo a culpa do sinistro e bateu com um veículo da empresa que segundo ele estava tão bonitinho. Perguntei se alguém havia se machucado, ele me confidenciou que não, mas que queria pagar o estrago. Procurei acalmá-lo e puxar uma prosa. Ele aceitou sentar. Lhe contei a minha origem ele tinha uma bela história sobre o meu lugar, fez uma visita no século passado a mais de sessenta anos, foi lá, quando tudo era muito mais coberto de verde e  fotografou pessoas que precisavam de um título de eleitor. Não tinha preferência mas foi com um dos candidatos a prefeito, seu amigo, o pobre que ganhou a eleição. O outro, também era seu amigo e ele não sabia qual era o melhor. 
Que pessoa adorável!
Parabenizei-o por seus oitenta e oito anos completados hoje e por pouco não pedi:
- Fica um pouco mais, quero tanto conversar contigo  e saber das tuas histórias.
Ele se foi com toda a sua doçura e com seu olhar sensível que já não percebe mais a existência de um ônibus na manobra do dia-a-dia. 
Fiquei tão grata por poder conversar um pouco, fará parte das minhas doces memórias.

terça-feira, 10 de abril de 2018

Outro Caminho

Resultado de imagem para nascer do sol nas araucáriasHoje ela procurou um novo caminho para chegar ao trabalho, tinha afazeres  para serem realizados muito cedo. Impressionante como a paisagem é diferente as sete da manhã, quando se passa olhando pra ela. Quando se observa detalhes que do velho caminho já fazem parte da composição.
Hoje ela viu algumas flores que ainda resistem abertas e coloridas a  chegada do outono, uma casa nova que foi construída a pouco, aquele velho buraco na rua foi fechado, tem movimento de gente que salta cedo nestas bandas. As pessoas daqui tem o agradável hábito de cumprimentar sorrindo, abanar, levantar a mão. Hoje ela só encontrou gente faceira.
Mudar o caminho permite ver outras cores, formas, pessoas.  Precisamos nos permitir olhar novamente com os mesmos olhos e sempre procurando perceber  tantos detalhes que o cotidiano nos rouba pela pressa com que se atravessa o caminho.

segunda-feira, 9 de abril de 2018

Te Desejo Vida

Ouça!
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Flávia Wenceslau
 
Eu te desejo vida, longa vida
Te desejo a sorte de tudo que é bom
De toda alegria, ter a companhia
Colorindo a estrada em seu mais belo tom

Eu te desejo a chuva na varanda
Molhando a roseira pra desabrochar
E dias de sol pra fazer os teus planos


Nas coisas mais simples que se imaginar
E dias de sol pra fazer os teus planos
Nas coisas mais simples que se imaginar

Eu te desejo a paz de uma andorinha
No voo perfeito contemplando o mar
E que a fé movedora de qualquer montanha
Te renove sempre e te faça sonhar

Mas se vier as horas de melancolia
Que a lua tão meiga venha te afagar
E que a mais doce estrela seja tua guia
Como mãe singela a te orientar

Eu te desejo mais que mil amigos
A poesia que todo poeta esperou
Coração de menino cheio de esperança
Voz de pai amigo e olhar de avô

Eu te desejo muito mais que mil amigos
A poesia que todo poeta esperou
Coração de menino cheio de esperança
Voz de pai amigo e olhar de avô

domingo, 8 de abril de 2018

Lá se foram vinte e cinco anos...

Nós estudamos juntos no "segundo grau", em um curso de contabilidade que tinha na cidade vizinha. Depois de fazer magistério, quem não ingressava na graduação e queria continuar estudando fazia este curso. 
Na época não tinha muita afinidade com os números e pra dizer bem da verdade nem gostava muito da área. Pois diferente do que  se possa imaginar, tem coisas que aprendemos e aplicamos durante a vida, assim são as regras de três que utilizo em quase todos os cálculos da gestão. Foi válido, aprendizado sempre é. 
Ele sempre foi alegre e gentil, chegava na aula pontualmente e de banho tomado, coisa que eu admirava porque saia do trabalho e corria pegar o ônibus para chegar  a escola e o banho era luxo pra depois das 23h  quando eu retornava  novamente pra casa. Também lembro bem como tinha facilidade em resolver as atividades que eram propostas e tinha a empatia de contribuir por terminar antes, ensinava quem tinha dificuldades. 
Um amigo querido que lembro com carinho. Nunca mais o vi, sei através das redes sociais que está na capital, é um policial , tem esposa filhas, tornou-se um homem de bem, certamente. Tem uma alma bonita.
No sábado depois de aproximadamente 25 anos, nos vimos novamente, nos reconhecemos no mesmo instante, rimos, conversamos sobre amenidades, como se fossemos ainda adolescentes, ele me contou que sua mãe está internada e que veio visitá-la, sua esposa estava no hospital passando a  noite com ela.
Voltei feliz, sábados de música ao vivo me deixam assim, ainda mais quando a vida proporciona reencontros, nossa(!), faz a gente pensar, ficar nostálgica e se assustar verdadeiramente com a fugacidade do tempo. Ele é implacável, corre solto, sem que a gente possa domesticá-lo. 
Meu amigo de escola se transformou em um homem, a única coisa que fisicamente o identifica são  os olhos, continuam alegres e prestativos. 
Deitei pensando e assim acordei, o que se preserva em mim, daquela garota obstinada, que abria mão até do banho para chegar na escola, quais os sonhos que ainda moram aqui? Quantos eu consegui realizar neste espaço de tempo? O que me era Valor e ainda continua sendo? De quais preconceitos me livrei? Quais os valores que me acompanham desde lá? Porque será que quando me vejo não percebo as marcas  e as pintas que o tempo está deixando por aqui? Será que tenho me enxergado somente do lado de dentro?    
Nossa! 
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segunda-feira, 2 de abril de 2018

O novo me fascina!

Um novo projeto está em andamento. 
Não sabe dizer de onde vem esta alegria do inusitado, ah, que coisa bem boa poder criar.
Liberdade criativa!
Ainda que antes de tudo tenha que ser escrito o regulamento, regras e procedimentos,(nada mais funciona sem regras) ele é encantador.
Vamos buscar pessoas que querem contar "Causos e Contos".
Estimular a registrar suas histórias e as histórias de um povo, livremente, sem definição de momento histórico. Haverá o encanto da imortalidade através de uma publicação e uma emocionante roda de conversa.
Parece que DEUS desenha encantamento em dias que não são tão suaves assim e a gente se dá o direito e o prazer de terminar com literatura, poesia, contos e causos e pessoas. Pessoas  que comungam dos mesmo planos e sonhos de espalhar alegria e literatura no mundo!
Graças!

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sábado, 31 de março de 2018

terça-feira, 27 de março de 2018

Tempo, tempo, tempo...

Finalmente uma noite LIVRE!
Depois de dias e noites recheados de muita "peleia".
Março é o mês dos reinicios, das viagens, das assembleias...
Março é mês de cansaço, chega  a ser parecido com dezembro.
Sorte que o abril e a chegada do outono aliviam e que finalmente sobra um tempinho aqui e outro ali.
E Ela que nem sabe o que fazer com tempo livre, resolveu produzir, uma normativa que a agenda não permitiu que fosse durante o dia.
Achou cômico, tem certeza, NÃO  SABE mais ficar sem ter o que fazer.
O ritmo intenso  dos dias tem lhe causado esta sensação de estar sempre na ativa, na espreita na produção.
Talvez ela precise ser mais gentil com seus passos.
Permitir-se, acalmar-se.
Descabelar-se um pouco, sentir o tempo e o prazer de ficar sem nada fazer. Mas só um pouquinho!


domingo, 25 de março de 2018

Porque será que escreve?

Escrever sempre foi para ela uma forma de poder se expressar livremente, sem amarras, sem meios termos.
A vida já é comedida demais.
Escreveu diários desde a adolescência. Parece que ninguém a podia entender tão bem quanto as palavras jogadas nos textos. Elas sim agrupadas sempre puderam manifestar seus sentimentos.
Presume que se manifesta melhor de forma escrita.
Nos últimos anos tem desempenhado função que não permite dizer, sentir e comentar sobre a maioria do que sente com as pessoas que convive, tudo acaba soando antiético.
Então, escrever que já era um prazer, se tornou inevitável.
Em alguns tempos quis escrever um livro, descreveu alguns capítulos, mas não  desenvolveu faltou  desenrolar da história  e talvez uma co-autoria.

Escreve quando está feliz, mas muito mais intensamente quando está triste  ou emocionada.
Escreve quando se chateia com o mundo e tem vontade de gritar. Tem medo que o fim esteja próximo e quer deixar registrado um pouco de quase tudo.
Escreve quando tem saudades, daquelas que são impossíveis de matar. Saudade é coisa que dá pano pra manga, dá texto, da tristeza, da vontade de escrever MUITO.
Escrever quando não há outra forma de se manifestar. São tantas as vezes que não pode dizer, que tem vontade de gritar em alto e bom tom. Mas... não dá.
Escrever quando muita gente a vê como alguém forte  e brigona  e ela está carente e quer colo, vinho e cama. Escreve para desnudar quem verdadeiramente é.
Ainda quer publicar, um livro de crônicas, presume que basta apenas seleção dentre tantos textos que já tem escritos. Se haverá leitores isso é mero detalhe, não escreve para ser lida. Quer apenas colocar no mundo em palavras escritas os sentimentos que afloram todo santo dia.
Se caso ainda não tenha sido percebido, este blog é secreto e preserva o anonimato de sua escritora. 

Só conhece a autoria deste espaço quem recebe convite para  chegar, estes são raros, raríssimos! Para estas pessoas ela tem desejo de mostrar quem realmente é o que sente e o  que lhe arrepia ou faz sofrer,  isso é desejo de ser reconhecida. O restante dos leitores que por ventura chegam aqui, SE É QUE CHEGAM... não fazem ideia de onde acontecem estes rastros.
Parece  que nestes tempo escreve, mais do que nunca, para ter sua vida olhada com amor.



sábado, 24 de março de 2018

Manhãs de remexer... e lavar

Tem dias que acorda muito parecida com a matriarca.
Acorda mais tarde, porém com vontade de vasculhar gavetas, armários, livros adormecidos nas estantes... Neste últimos tempos tem sentido saudade das suas coisas. De estar em casa, perceber o sol entrando pelas janelas e iluminando o ambiente.

Nestes dias tem tempo de pensar e refletir sobre muitas coisas que andam girando loucamente por aqui.
Teve morte e morte é sempre triste, esta foi amplamente comentada, muito mais do que de qualquer outra de quem talvez não estivesse na mesma cadeira ou lutasse  pelos mesmos ideais. Poxa! Tem gente que tripudia diante da dor e inventa  coisas que em nada  contribuem.
Tentaram explicar uma condecoração oferecida em 2008,(que óbvio parecia não ser devida) que por questões protocolares são oferecidas quando não se merecia nada mais do que anonimato ou reclusão...ah, esta não foi possível engolir.
Muita gente junta,  grande  número  das pessoas que tem filhos de quatro meses a quinze anos neste município, alguns deles imbuídos da vontade de educar seus filhos em um momento histórico atípico e difícil, tem gente que não desistiu, ao contrário daqueles que nem na reunião vieram e sentem um desejo aparente de terceirizar a educação ou designar ao estado esta missão...

Gostaria de compreender algumas coisas, porém fogem a sua vã filosofia. Vai precisar viver e estudar mais ... 

Enquanto isto, aproveita a manhã agradável de outono para lavar as calçadas, função que a anos não fazia e agora depois de adaptada na nova casa, sente prazer em realizar. Muita  água limpa passando por tudo e deixando o ambiente com um cheiro agradabilíssimo de grama molhada e limpeza. 
Pois é,  que bom se água e um detergente mágico que foi apresentado pela comadre, conseguissem limpar as nossas lentes e pudéssemos tal qual as janelas da garagem que ficaram transparentes, nossos olhos e impressões nos permitissem observar o mundo com mais claridade, com menos preconceitos, com mais nitidez. 

domingo, 18 de março de 2018

Não serve mais

Trata-se da primeira vez que ela verdadeiramente se apaixona por um vestido e ele não lhe serve.
Sem maiores futilidades sua alma feminina se manifesta e fica com a sensação ruim de tentar fechar o zíper e a crença de que  caso fizesse um pouco mais de força ele poderia fechar...
Não fechou!
Voltou pensando que é frustrante a sensação do que não serve mais, das coisas que não são mais P e precisam ser M. Ao longo da vida diferente dos vestidos foram tantas outras coisas que deixaram de servir...
Não cabe na história dela, em hipótese alguma gente submissa que não acredita no seu potencial e vive as sombras. Tão pouco não são do seu tamanho preconceituosos e intolerantes. Não entra e nem desce arrogância e gente que se acha melhor do que os outros, estes causam mal estar e até dormência.
Que bom que nunca serviu gente que não nos permite a expressão e faz de suas verdades absolutas.
Ah! Não serve acomodação, gente que tem preguiça de lutar e gente derrotada por convicção.
Não cabe mentira e nem meias verdades, nunca coube desprezo muito menos indiferença.
É grandioso poder abandonar o que aperta.
Um viva as voltas que a vida vai dando  e as transformações que vão proporcionando evolução, crescimento. Vale engordar, aumentar de proporções, crescer e ser diferente a cada dia.
Tem coisas que foram lhe apertando e sufocando com o tempo a ponto de não querer mais tentar vestir.
A maldade é um exemplo clássico, NUNCA serviu e nem servirá, aqui só cabe amor e tudo que deriva dele.


sexta-feira, 16 de março de 2018

ufa!

Nestes últimos dias  todos, até meu vestido está cansado!
Três turnos de muita  agitação.
Vontade de escrever e o tempo escorregando pelas mãos.
Pouco  vinho, quase nada de chimarrão e absolutamente nada de registro.

Em vou domar os minutos que correm loucos nestas  terras. 

domingo, 11 de março de 2018

O vinho e as histórias

O gosto  pelo vinho vem sendo apurado com o passar dos anos. Já  tomou suaves que  cederam lugar aos secos. Os tintos e secos são os que mais lhe agradam. Gosta daqueles da Serra Gaúcha, do Oeste Catarinense, artesanais super saborosos, fez experiências  com alguns argentinos, chilenos  e até paraguaios, Já sorveu os mais variados sabores cabernet, malbec, merlot, não sabe distinguir pelo aroma ou paladar, sorte que tem sempre o nome no rótulo e destes quando pode escolher quer um cabernet, pensa que  devem ser feitos das melhores uvas. 
Sinceramente não se preocupa  com os protocolos, e nenhum curso de etiqueta a fará mudar isto, tem preferência por algumas marcas e sabores mas verdadeiramente do que mais gosta é do ritual. Chegar em casa, finalizar todas as tarefas, escolher a taça  conforme o estado de espírito, quando está feliz prefere as maiores. Sair com amigos, combinar com um bom prato e principalmente com boa conversa e risadas, vinho proporciona alegria. Beber para celebrar, em alguns finais de dias, em momentos de glória ou de luta, para relaxar ou simplesmente para pensar. 
O vinho tem lhe sido um fiel companheiro, que muitas vezes, na maioria, se basta, não precisa de mais ninguém para fazer acompanhamento.
Ao longo destes anos tem uma dúzia de boas histórias que já se desenrolaram as voltas de uma garrafa de vinho, tem gente que veio pra conversar e que ficou, pra  brindar (os brindes mais irreverentes) nestas ou em outras terras e foram  pessoas boas de serem conhecidas as que vieram  pra abrir o coração, estas permanecerão sempre por aqui. Mas este negócio de sempre... já é outra história.